Em sua defesa, Ugiette negou todas as acusações. Ele afirmou que o celular era um presente e que o valor recebido era um empréstimo. A defesa disse que irá recorrer da sentença condenatória. Ugiette e Genilza Gonçalves Carneiro podem recorrer em liberdade, já que são réus primários.
Operação Ponto Cego
Marcellus Ugiette foi afastado do cargo no dia 3 de agosto de 2018, depois que uma operação da Polícia Civil apontou indícios de que ele beneficiava detentos em transferências de unidades prisionais do estado.
Segundo o Grupo de Apoio Especializado de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Gaeco), o promotor atendia a pedidos dos advogados dos presos. Com isso, os detentos conseguiam permanecer juntos em um dos presídios do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife.
Em setembro de 2018, o MPPE ofereceu a denúncia contra o promotor. Além dele, foram denunciados criminalmente os 20 integrantes da organização criminosa investigada pela Polícia Civil na Operação Ponto Cego, deflagrada em agosto de 2018.
Entre as irregularidades praticadas por Marcellus Ugiette estavam o descumprimento de prazos processuais e a não prestação de informações solicitadas pela instituição.
Em 2019, Marcellus Ugiette ganhou o direito de se aposentar com salário integral. O então procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, foi quem autorizou a aposentadoria.